No Cantão de Oyapok

Gazeta do Rio de Janeiro, Quarta-Feira, 24 de maio de 1809

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Transacções em Oyapok

Mr. Giraud, Commissario Commandante do Cantão de Oyapok, escreveo huma carta ao Tenente Coronel Commandante da vanguarda Portugueza, em que diz: que ignora as intenções com que vem ; mas que as julga pacificas : em caso contrario, não deve hum povo tranquillo ser victima de huma vingança premeditada. – Resposta. – Remette o Manifesto do Governador do Pará : a ninguém intenta fazer mal , comtanto que todos se sujeitem ás Leis Portuguezas : recommenda que fiquem descançados em casa, e que todo o que fugir, será castigado. (6 de Dezembro.)

Em virtude de huma proposta do Commandante Portuguez , feita no dia 10, jurarão , no dia 12 , vassallagem ao Princepe Regente N. S. os habitantes do Cantão, comparecendo no dia 13 mais 13 pessoas para o mesmo fim.

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O Brasil Colonial (Portugal) ocupava a Guiana Francesa, e a Gazeta trazia extratos de alguns dos ofícios relacionados. 

Duzentos anos depois...

É interessante mencionar a recente questão da ponte que unirá a cidade de Oiapoque (Amapá) com Saint Georges de l'Oyapock, permitindo a ligação de Macapá com a capital da Guiana Francesa, Caiena. Notem a diferença entre os contextos diplomáticos...

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AE - Agencia Estado (informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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Lula incentiva Sarkozy a fazer ponte sobre o Oiapoque

Com um enfático “pelo amor de Deus”, o presidente Lula tentou incentivar ontem seu colega Nicolas Sarkozy a não deixar apenas no papel a construção de uma ponte sobre o Rio Oiapoque, na divisa do Amapá e a Guiana Francesa. Em 2005, os líderes assumiram o compromisso de construir a obra até o fim de 2010, quando Lula termina seu segundo mandato. Em fevereiro passado, justamente nessa fronteira, ambos reiteraram a promessa. A construção ainda não começou.

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[Sr. Tenente Coronel Manoel Marques, Commandante das forças Portuguezas de terra] E esta construcção não ha de sahir! Não ha hum acordo com os inimigos francezes, e agora a Guyanna he nossa.

[Israel Jorge] Acalme-se, Comandante, acalme-se.

[MM] Napoleão está a invadir Portugal, infeliz! Ignoras os damnos que elle provoca em o nosso paiz?

[IJ] Napoleão acabou derrotado, Comandante, e a Guiana Francesa foi devolvida à França em 1817. A propósito, o Brasil alcançou a independência cinco anos depois.

[MM] Não acredito! Quantos annos se passarão?

[IJ] Duzentos anos.

[MM] E o Governador do Brasil he o Sr. Lula, agora? Mas lula não he aquelle peixe a modo de choco?

[IJ] Sim, sim, é aquele molusco. E a novidade é que há gente querendo que ele permaneça por mais quatro anos no poder.

[MM] Pois não vejo problema algum em hum governo perpetuo.

[IJ] Bem, Comandante, eu diria que suas idéias já estão um pouco ultrapassadas...