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Londres 14 de Março. Extracto de huma Carta do Honrado Chefe de Esquadra Stopford ao Honrado W. W. Pole datada em o Cesar, ancorado a 2 de Março de 1809, demorando o Farol de Chassiron a E. 1/4 SE. em distancia de II. milhas. Vento N.
Os Navios inimigos ainda estão na Ilha d'Aix. Eu os reconheci de perto no dia 28 em a Náo Cesar, e só contei IO Náos de linha, 4 Fragatas, e o Calcutta. O undecimo Navio de linha estava todo sobre hum lado, inteiramente desmastreado, e segundo me pareceo, com rombos no fundo. Elle tocou no baixo chamado Palles nas agoas da Ilha d'Aix, e he o mesmo Navio mencionado n'uma carta de 27 do mez passado, e que o Capitão de Mar e Guerra Seymour suppôz ser huma Fragata.
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____________________Duzentos anos depois...
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Estadão de Hoje/Nacional
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Marinha testa poder de fogo na área do pré-sal
Os avisos de alerta vermelho já ecoaram na fragata Liberal, quando os primeiros sinais do inimigo surgem como pontos luminosos nas telas dos radares e sensores do Centro de Operações de Combate (COC), o coração nervoso do navio.
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____________________[Chefe de Esquadra Stopford] Pole, o que vem a ser uma "tela do radar"?
[W. W. Pole] Bem, Stopford, vamos por partes. Radar é o guarda das estradas do Reino da Pérsia. Eles ficam em determinados pontos e barram os viajantes e mercadores, solicitando informações de origem e destino. O objetivo é evitar o tráfego de ladrões e tornar seguros os caminhos, trabalho pelo qual chegam a receber algum pedágio ou contribuição dos transeuntes. A palavra vem de rãh (estrada) e dãr (que guarda). Tela, por sua vez, é um tecido ou trama de fios, sobre a qual pode ser pintado um quadro...
[Stopford] Mas e a "tela do radar"? Esses persas aí são pintores?
[Israel Jorge] Desculpem-me, Senhores, mas creio que posso ajudar. Radar, neste caso, vem do inglês "Radio Detection And Ranging", e é um equipamento para a detecção de objetos distantes.
[Pole] Vejam só, vejam só... Pois não é um maltrapilho da Colônia de Portugal? O que é que você sabe de inglês, jovem atrevido?
[Stopford] Espere, Pole, talvez ele tenha razão. Pode ser uma invenção futura que ainda não conhecemos.
[Pole] Está bem, pode ser. Mas por certo uma invenção que o Brasil alcança atrasado, enquanto nações poderosas possuem outras muito superiores.
[Stopford] Certamente, Pole, certamente. Posso até imaginar instrumentos modernos fantásticos, mas não há como apostar que o Brasil deixe de ser um comprador que podemos utilizar. Um comprador, no caso, de produtos obsoletos. Certas coisas nunca mudam...